terça-feira, 8 de julho de 2008

Tomates Verdes Fritos, de Jon Avnet



Desenterrando do baú, eis um dos filmes mais lindos que já assisti!
Tomates Verdes Fritos foi lançado nos cinemas há 17 anos, este filme fala sobre amizade e sobre o quanto um ser humano pode fazer a diferença na vida do outro.

A história narra à vida de Evelyn (Kathy Bates), uma mulher deprimida e carente com a vida que leva e que conhece, por acaso, em um lar para idosos, Ninny (Jéssica Tandy), uma simpática senhora, cheia de histórias para contar. Ninny, envolvente e carismática, conta-lhe sobre a bela amizade ocorrida no início dos anos trinta, no Alabama, entre Idgie (Mary Stuart Masterson) e Ruth (Mary-Louise Parker).

Elas (Idgie e Ruth) haviam se aproximado inicialmente em virtude do namoro entre Ruth e o irmão mais velho de Idgie, adorado por esta. Mas a morte trágica de seu irmão em um acidente causa profunda tristeza em Idgie que, revoltada, afasta-se de todos, inclusive de Ruth.
Anos depois, Ruth consegue reaproximar-se de Idgie com persistência e doçura. Mesmo extremamente diferentes, elas desenvolvem um amizade profunda, capaz resistir ao tempo, às dificuldades e, até mesmo, à morte.
Ninny, uma excelente contadora de história, narra o drama vivido pelas amigas um pouco a cada dia em que é visitada por Evelyn. E ouvir esta história acaba tocando o coração de Evelyn que descobre em si virtudes suficientes para mudar sua realidade. O marasmo e o conformismo de outros tempos são definitivamente abandonados pela disposição sincera de alcançar, por si mesma, a felicidade.
A amizade narrada neste filme são exemplos de que nossos atos e palavras podem influenciar os outros, mas os únicos efetivamente responsáveis pelo nosso destino somos nós mesmos. Saber lidar com as perdas/afastamentos e continuar vivendo com dignidade e resignação; saber partir e saber realizar nossos verdadeiros desejos, eis aí as maiores lições que esse belo filme nos deixa.
Para mim a maior demonstração de amor chama-se amizade.
Muitas vezes não somos amigos dos nossos próprios parentes.
São os meus belos amigos que, nas horas certas, me guiam, me colocam nos trilhos para que assim, eu mesmo possa seguir adiante. Um ato de troca, sem cobranças.
Amor é algo que nasce aos poucos, que não tem a ver com lógica nem racional. Não é de se explicar, mas sim sentir, viver.
Amor tem a ver com respeito, este que muitas vezes, se não cuidarmos, se confunde com indiferença e se perde.
Amizade é como uma plantinha que devemos descobrir qual a sua forma única de ser cuidada. Precisa de Sol? Muita água? De sombra? De adubo? Precisa ficar quietinha? Trocar de vaso regularmente?
Cuidados que determinam sua beleza, seus frutos, seu tempo, suas raízes e sementes.

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4 comentários:

Anônimo disse...

Este filme é o melhor filme que assisti e voce foi super fiel no seu comentário...como sempre.
Beijão

8 de julho de 2008 às 17:33
Unknown disse...

Sou apaixonada por esse filme.Tenho ele em casa.Não me canso de assistir...É um dos melhores!!
Bjs

8 de julho de 2008 às 18:28
Ana Maria Saad disse...

nossa... meu amigo!

hoje estava pensando que se algo acontecesse ficaria mais triste por não ter dito ou demonstrado o qto certos amigos são importantes na minha vida, por ter omitido e talvez até descuidado da única riqueza que realmente importa nessa Terra, pq todo o resto se acaba e tudo é tão efêmero...

meu amigo que tanta diferença faz em minha vida, te amo mto!

11 de julho de 2008 às 00:04
Unknown disse...

Tbm adorei Geison! Assisti há alguns anos atrás, mas o veria várias vezes. As lições de amizade são tão preciosas, e mtas vezes esquecidas no individualismo do dia-a-dia...
O olhar de um amigo de verdade, uma palavra, um pequeno gesto são mostrados de forma magistral nesse filme.

2 de fevereiro de 2010 às 18:53