quinta-feira, 13 de maio de 2010

Educação, de Lone Scherfig


 Admito que eu estava com um pouco de preguiça para assistir este filme. 
 Achei o argumento bem batido. Mas num dia de poucas opções, resolvi arriscar. Ao final do filme, me surpreendi com aquela sensação agradável de quando um filme te faz mergulhar na historia. Mais do que isso, este foi um filme que me fez bem.

 EDUCAÇÃO narra à trajetória de Jenny (Carey Mulligan, indicada ao Oscar e vencedora do Bafta) garota estudiosa que sonha um dia poder trocar a monotonia de uma Londres dos anos 60 pelas ruas movimentadas da França. Tudo começa a mudar quando ela conhece David (Peter Sarsgaard) um homem misterioso e simpático que conquista não apenas Jenny, mas toda a sua família.
    A liberdade e o mundo que Jenny começa a fazer parte a fazem questionar sobre o que realmente ela quer de sua vida. O mais interessante é que a personagem é inteligente e tem total noção da importância das coisas que está abrindo mão e arriscando.
    Jenny me remeteu a várias meninas da minha adolescência que facilmente trocavam os estudos e a responsabilidade por namorados que lhe traziam a sensação de atalho para a vida adulta e com isto uma liberdade que nem elas sabiam definir. O triste é que hoje quando encontro estas mesmas meninas, ainda bem jovens, sou logo apresentado a um semblante de desilusão e aos seus três ou quatro filhos pequenos que a fazem companhia numa realidade adulta e dura.
 EDUCAÇÃO fala literalmente sobre educação, sobre valores e sobre essas utopias que sempre acompanham as várias fases das nossas vidas. A lição que fica é que precisamos ser maiores que as nossas ilusões.
    O filme foi dirigido por Lone Scherfig, diretora dinamarquesa de 50 anos que fez parte do movimento DOGMA 95, mas hoje diz que várias regras ficaram obsoletas, que muita coisa aconteceu com o cinema desde então e que hoje trás para seus filmes apenas influências do movimento idealizado por Lars von Trier e Thomas Vinterberg.


Educação (An Education, Reino Unido, 2009) Drama 
 
 




Artigos Relacionados

1 comentários:

Unknown disse...

E as ilusões também fazem parte do viver a vida... quando nos conscientizamos delas vem a transformação...
A-mei este filme também que não é nada moralista, amie principalmente a relação dela com os pais!

bjoka

15 de maio de 2010 às 13:37