segunda-feira, 2 de junho de 2008
Desejo e Reparação, de Joe Wright
Quem nunca cometeu um erro ou uma omissão que o fez carregar uma sensação de culpa por um bom tempo?
Eu geralmente amargo a segunda opção, pois a omissão nos vende a ilusão de que suas conseqüências bastarão apenas a nós. Que a nossa incerteza sobre tomar uma atitude não prejudicará diretamente o próximo.
Eu devo ter herdado um pouco do gene do Dr. Jekyll. Fico sempre entre trocar a água de um belo vaso ou arremessá-lo no chão. Na duvida não toco nele. Admito que existe um belo lago negro e sombrio nesta minha imensidão interna. Talvez devo batizá-lo de Crystal Lake em homenagem a um velho xará meu de sobrenome Vorghers.
Para não perder algumas coisas que, na maioria das vezes nem tenho a pretensão de possuir, estanco o sangramento sorrindo.
Tudo se torna bem complexo quando o romantismo é abstrato. Generalizado! Quando você começa a enxergar que o fato e ação só existem por conta da motivação, (e é ela que vai balancear o peso da conseqüência) fica muito mais clara a maneira de enxergar a vida, ao mesmo tempo em que fica difícil explicar-se a alguém.
Me atendo ao vaso, jogá-lo ao chão mataria aquelas belas flores. Mas não trocar a água não fará o mesmo? Nossa, tem mais alguém nesta sala! Tomara que ele esteja menos omisso com estas flores. Nossa este tema me remete a um rosto. Coitadinha das flores! Mas a vida delas não depende apenas de mim. Mas quem depende de alguém? (...) Existem muitas plantas que não necessitam de cuidados. Até as plantas conseguem ser mais independentes do que eu, às vezes!
Antes de julgar qual a melhor atitude a ser tomada (ou omitida), devemos prestar atenção na quantidade de ração que estamos alimentando os nossos dois cachorros internos. Talvez eu esteja os omitindo. Se todo mundo leva seus cachorros para passear porque eu não devo levar os meus?
Pensar nesta possibilidade deixa meus instintos aguçados. Porque na maioria das vezes trabalhamos a tolerância e a submissão, a querer dominar o nosso poder?
Nós temos muito medo de conhecer a pessoa que somos capazes. Eu digo “nós” por não querer bancar isso sozinho.
Hoje é um desses dias de sangramento!
Eu geralmente amargo a segunda opção, pois a omissão nos vende a ilusão de que suas conseqüências bastarão apenas a nós. Que a nossa incerteza sobre tomar uma atitude não prejudicará diretamente o próximo.
Eu devo ter herdado um pouco do gene do Dr. Jekyll. Fico sempre entre trocar a água de um belo vaso ou arremessá-lo no chão. Na duvida não toco nele. Admito que existe um belo lago negro e sombrio nesta minha imensidão interna. Talvez devo batizá-lo de Crystal Lake em homenagem a um velho xará meu de sobrenome Vorghers.
Para não perder algumas coisas que, na maioria das vezes nem tenho a pretensão de possuir, estanco o sangramento sorrindo.
Tudo se torna bem complexo quando o romantismo é abstrato. Generalizado! Quando você começa a enxergar que o fato e ação só existem por conta da motivação, (e é ela que vai balancear o peso da conseqüência) fica muito mais clara a maneira de enxergar a vida, ao mesmo tempo em que fica difícil explicar-se a alguém.
Me atendo ao vaso, jogá-lo ao chão mataria aquelas belas flores. Mas não trocar a água não fará o mesmo? Nossa, tem mais alguém nesta sala! Tomara que ele esteja menos omisso com estas flores. Nossa este tema me remete a um rosto. Coitadinha das flores! Mas a vida delas não depende apenas de mim. Mas quem depende de alguém? (...) Existem muitas plantas que não necessitam de cuidados. Até as plantas conseguem ser mais independentes do que eu, às vezes!
Antes de julgar qual a melhor atitude a ser tomada (ou omitida), devemos prestar atenção na quantidade de ração que estamos alimentando os nossos dois cachorros internos. Talvez eu esteja os omitindo. Se todo mundo leva seus cachorros para passear porque eu não devo levar os meus?
Pensar nesta possibilidade deixa meus instintos aguçados. Porque na maioria das vezes trabalhamos a tolerância e a submissão, a querer dominar o nosso poder?
Nós temos muito medo de conhecer a pessoa que somos capazes. Eu digo “nós” por não querer bancar isso sozinho.
Hoje é um desses dias de sangramento!
1 comentários:
o que vou escrever aqui ja te disse pessoalmente, mas reitero.
5 de junho de 2008 às 10:23o que me pegou nesse filme foi a capacidade de uma atitude tão inocente destruir sonhos ou uma realidade posta
e fiquei chocaco com isso depois da nossa conversa: "a inocencia cabe no mundo de agora"
acho que a resposta foi ter assistido este filme
lindo
quanto ao vaso, eu estou olhando pra ele
o problema eh que a hora que eu tomar uma atitude, as flores podem estar mortas...
e assim eu fico, me martirizando, sabendo desse meu defeito, mas no momento, sem forças pra quebrar a barreira da indecisão
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