terça-feira, 27 de maio de 2008

Ciclo da Vida




A minha formação religiosa é a evangélica. Mas sempre me interessei por algumas idéias do espiritismo. Acredito que as religiões funcionam como escolas, e dentro delas, há matérias com ensinamentos que pregam sobre as mesmas coisas, mas por pontos de vistas diferentes. A graduação destes ensinamentos é formar seres mais conscientes de luz e amor. A cartilha de tarefas é a nossa própria vida, e é nela que aprenderemos todas as lições que nos elevará e aproximará de Deus.
Um dia um amigo chinês me ensinou que a idéia da reencarnação se aplica ao longo da nossa existência aqui na terra, nesta vida. Tudo funciona como um ciclo que, de tempos em tempos, se repete nos fazendo vivenciar experiências anteriores, medindo a nossa capacidade de aprendizado.
Certa vez uma amiga, dona de um pequeno comêrcio, perdeu um ente querido, e durante muito tempo ficou inconsolada, mastigando um sentimento de culpa, pois este ente vinha lhe pedindo constantemente uma oportunidade na empresa mas, por achar que lhe faltava capacitação, ela o negava. Sua culpa era por já ter dado oportunidades a tantos desconhecidos, e agora não teria mais a chance de arriscar fazer o bem a alguém tão próximo.
Foi pouco depois deste fato que tive a conversa com o meu amigo chinês, e daí por diante comecei a prestar atenção na teoria dele.
Algum tempo se passou e esta minha amiga estava às voltas com reclamações de funcionários sobre um primo que lhe prestava serviço, mas era “devagar demais” e sua lerdeza incomodava e atrapalhava os demais. Ela então vivia um ultimato, pois este primo precisava muito daquele emprego, ao mesmo tempo em que ela não poderia perder o respeito como administradora.
Naquele instante vi um exemplo claro de como funciona este ciclo, citado pelo amigo chinês. De alguma maneira a minha amiga estava tendo a oportunidade de fazer algo por um ente querido, mesmo que para isso tivesse que assumir alguns riscos. Obvio que não coloquei as coisas da forma que eu estava enxergando, por acreditar que não havia necessidade de retomar uma dor que lhe fez sofrer tanto lá atrás. Mas aconselhei que neste caso ela poderia tomar uma postura mais pessoal, de repente ela mesma dar ao primo um treinamento personalizado, avaliando suas capacidades sem filtros de terceiros.
Dias depois soube que ela havia autorizado o gerente a demiti-lo, mantendo assim uma postura mais profissional e impondo respeito aos demais funcionários.
Não é o caso julgar a sua decisão, mas sim, prestar atenção no movimento deste ciclo durante a nossa vida.
É importante estar aberto para transformar uma possível energia negativa de culpa e arrependimento, em algo positivo que é o aprendizado.
Mesmo que o tempo não volte para que você refaça o fato ou a ação perdida, rever as suas motivações lhe trará crescimento, paz e amor na rotação seguinte.

Artigos Relacionados

0 comentários: